Secretaria Municipal de Cultura
Dicas de Leitura - Ariano Suassuna
Ariano Vilar Suassuna (Parahyba do Norte, 16 de junho de 1927 — Recife, 23 de julho de 2014) foi um dos grandes nomes da cultura nordestina. Exaltado principalmente pela atuação no teatro brasileiro, o escritor, dramaturgo e poeta fundou o Movimento Armorial nos anos 70, que tinha como objetivo utilizar a cultura popular para formar um arte erudita. Além de teatrólogo, Suassuna foi professor, romancista e advogado. A primeira peça foi “Um Mulher Vestida de Sol”, que recebeu o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Entre as mais conhecidas da carreira do escritor estão “Auto da compadecida”, de 1957, e “O Santo e a Porca”, de 1964, a primeira, inclusive, ganhou uma adaptação na televisão em 1999 com direção de Guel Arraes. Suassuna foi ocupante da cadeira nº 32 na Academia Brasileira de Letras eleito em 1989. Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras a partir de 1993 e da Academia Paraibana de Letras eleito em 2000. Faleceu no dia 23 de julho de 2014, em Recife, aos 87 anos.
Prêmios: Suassuna recebeu o Prêmio Nacional de Ficção em 1973 e o prêmio da Fundação Conrado Wessel (FCW) em 2008. Pelo Auto da Compadecida ganhou medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e também das Universidade Federal da Paraíba (2002), Universidade Federal Rural de Pernambuco (2005), Universidade de Passo Fundo (2005) e Universidade Federal do Ceará (2006)
Auto da compadecida
A peça é narrada pelo palhaço e a história se inicia quando João Grilo e Chicó tentam convencer o padre a benzer o cachorro de sua patroa, a mulher do padeiro. Como o padre se nega a benzer e o cachorro morre, o padeiro e sua esposa exigem que o padre faça o enterro do animal.O protagonista dribla a má sorte de uma vida de miséria e fome no sertão do nordeste brasileiro com sua esperteza e trapaças, e ao seu lado sempre está o amigo Chicó. A peça foi escrita em 1955 e encenada pela primeira vez em 1956. Anos mais tarde, foi adaptada para a televisão e para o cinema, em 1999 e 2000 respectivamente.
O santo e a porca
A peça é uma comédia em três atos. Aproxima-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do nordeste do Brasil. Na trama é narrada a história de um velho avarento conhecido por Euricão Árabe. Ele é devoto de Santo Antônio e esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro. Na peça, o santo, além de casamenteiro, teria a função de proteger a fortuna do personagem.
Romance d'A pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta
O romance narra a história de Dom Pedro Dinis Ferreira, o Quaderna, apresentando seu memorial de defesa perante o corregedor, uma vez que foi preso por subversão em Taperoá, interior da Paraíba. O narrador-personagem conta a saga de sua família e se declara descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da Pedra do Reino do Sertão, sem relação com os “imperadores estrangeirados e falsificados da Casa de Bragança”. Fala ainda do seu envolvimento com as lutas e desavenças políticas, literárias e filosóficas no seu reino.
Uma mulher vestida de sol
Escrita para um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco em 1947, e classificada em primeiro lugar, deu início também à carreira de autor teatral de Ariano Suassuna. Segundo Suassuna, a obra era sua primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino. É inspirada no romanceiro nordestino, amalgamando em um só enredo elementos como vingança, sangue, honra, família e incesto.
Seleta em prosa e verso
É uma coletânea de textos variados de um dos principais escritores brasileiros vivos. Com textos selecionados por Silviano Santiago, conta ainda com um depoimento do autor. Em meio a teatro e escritos em prosa, o livro é também uma rara oportunidade de entrar em contato com a poesia de Suassuna. Entre os poemas contidos neste volume estão "Fazenda Acahuan (Lembranças de meu pai)", "Infância" e "Lápide". Os contos escolhidos são "O casamento" e "O caso do coletor assassinado". As peças, por sua vez, são "O rico avarento", "O homem da vaca e o poder da fortuna" e "O castigo da soberba" e "Torturas de um coração (Entremez para mamulengo)".
Farsa da boa preguiça
A farsa conta a história do poeta popular Joaquim Simão e sua mulher, Nevinha. O rico Aderaldo, apaixonado por Nevinha, tenta conquistá-la com a ajuda da diaba Andreza. Aposta então sua fortuna com Joaquim Simão, que, se perder, terá de lhe entregar a mulher. O poeta ganha a aposta e enriquece, mas depois perde tudo. A peça foi encenada no Teatro de Arena do Recife, com estreia em 24 de janeiro de 1961. Em 1995, a obra foi adaptada para a televisão num especial estrelado por Marieta Severo.
Informações e biografia de Ariano Vilar Suassuna na Wikipedia e na Academia Brasileira de Letras.
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