Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

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Mário EROS de Andrade

Por meio de palestras, debates e recitais, ciclo discute erotismo e sexualidade na obra de Mário de Andrade

Nesta semana a Mário é tomada pelo colóquio "Mário EROS de Andrade", produzido em parceria com o Instituto de Estudos Avançados da USP. Com curadoria da professora e ensaísta Eliane Robert Moraes, o ciclo discute erotismo e sexualidade na obra de Mário de Andrade sob ângulos diversos. Os ingressos gratuitos ficam disponíveis na recepção da biblioteca, no dia dos eventos, a partir das 18h. As mesas acontecem sempre às 19h.

Em "Ele por elas", que acontece na terça do dia 24, a compositora e ensaísta Beatriz Azevedo conversa com a pesquisadora Gênese Andrade sobre a conturbada relação de Mário e de Oswald, em que o sexo tem particular importância, examinando as afinidades entre o poeta da "Pauliceia desvairada" e a antropofagia oswaldiana. A mediação da conversa é da própria Eliane Robert Moraes. A mesa formada por três mulheres também põe em pauta a questão do gênero sexual, sobretudo em seus aspectos homoeróticos, tema que ganha contornos próprios na obra de Mário. 

Mais à frente, na quarta do dia 25, com "Trezento e cinquenta + um", os professores e pesquisadores André Botelho e Roberto Zular, acompanhados pelo diretor da biblioteca Jurandy Valença, discutem aspectos privados e públicos do multifacetado Mário de Andrade, investigando uma persona literária tão rica quanto contraditória. No debate, as análises da atuação do escritor na vida intelectual do país tem uma contrapartida na leitura atenta da enorme quantidade de cartas enviadas por ele a seus contemporâneos.

Na mesa de encerramento "Líricas de Eros", programada para esta quinta, dia 26, Eliane Robert Moraes recebe Zeca Baleiro para um diálogo que realça as linhas de força da erótica literária de Mário de Andrade. A dupla recupera as pesquisas do autor modernista sobre a cultura popular brasileira, com destaque para a literatura oral com temática obscena, e também sublinha as reverberações de Mário na literatura brasileira atual. Para isso, leem poemas e escritos eróticos de autores como Roberto Piva, Hilda Hilst, Glauco Mattoso, entre outros herdeiros do criador de "Macunaíma".