Secretaria Municipal de Cultura
Modesto Carone
“Sempre vai haver curiosidade intelectual neste mundo,
o dia que não houver, eu me retiro.”
Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009 | Horário: 18:38
Modesto Carone (1937) saiu de Sorocaba aos 17 anos e partiu rumo ao destino de todos os escritores que ele costumava ler: a cidade de São Paulo. Já no Largo São Francisco, cursando Direito, descobriu que existia também a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na Rua Maria Antonia, onde resolveu fazer um segundo curso, o de Letras.
Enquanto se graduava em Letras, recebeu e aceitou a proposta de dar aulas de literatura brasileira em Viena, onde chegaria 15 dias depois, evitando assim uma suposta “conversa” que, segundo diziam, o Regime Militar queria ter com ele. Nesse período, de 1965 a 1968, aproveitou os cursos oferecidos para se aprofundar no estudo do alemão.
O trabalho de tradutor começou repentinamente: em uma conversa com Roberto Schwarz, especulando sobre como seria uma novela de Kafka em português, o amigo lhe sugeriu: “Por que você não tenta?”.
Durante toda a sua carreira universitária, a atividade de escritor esteve em latência nesse autor que tem a escrita como um “vício inevitável”. Para Modesto Carone, “quem lê tem vontade de escrever, isso é fatal”
O hábito de frequentar bibliotecas já estava presente na sua cidade natal e, em São Paulo, a Mário de Andrade “era um pólo de atração que podia ser até invisível, você acabava chegando aqui”. Modesto Carone diz que: “o livro mexe com a sua existência”. Além de livros, foi nesse espaço que encontrou amigos e também aquela que veio a ser sua esposa: “aqui era o lugar onde você lia livros, encontrava pessoas interessadas em livros, curtia com essas pessoas, formava amizades na base de livros e de conhecimento. Havia um Eros do conhecimento baseado nos livros”
• Primeiros anos em São Paulo • Vivência na Biblioteca Mário de Andrade • Contato inicial com a literatura • BMA versus biblioteca de Sorocaba • Repressão pós 1964 • Sugestões para BMA • Interesse de leitores • Estadia como professor na Alemanha • Atividades de escritor, professor, tradutor e relação com a língua alemã • Kafka: leitura e trabalho como tradutor • Escrita do livro Resumo de Ana • Livros revisitados •
Clubinho da esquina da Rua Bento Freitas com a Rua General Jardim Faculdade de Direito do Largo São Francisco Loja Mappin Pari Bar Praça Dom José Gaspar Teatro de Arena
- Boa remuneração para os funcionários;
- Ter funcionários qualificados;
- Compra de livros, assinatura de revistas e jornais para atualizar e preencher as lacunas do acervo da Biblioteca;
- Manutenção constante do prédio.
data 12/07/2007 duração 116 minutos mídia 1 DVD / 1 miniDV transcrição 32 páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Daisy Perelmutter / Ana Elisa Antunes Viviani / Maria Carolina de Ré / Thiago de Faria e Silva edição audiovisual Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira
Enquanto se graduava em Letras, recebeu e aceitou a proposta de dar aulas de literatura brasileira em Viena, onde chegaria 15 dias depois, evitando assim uma suposta “conversa” que, segundo diziam, o Regime Militar queria ter com ele. Nesse período, de 1965 a 1968, aproveitou os cursos oferecidos para se aprofundar no estudo do alemão.
O trabalho de tradutor começou repentinamente: em uma conversa com Roberto Schwarz, especulando sobre como seria uma novela de Kafka em português, o amigo lhe sugeriu: “Por que você não tenta?”.
Durante toda a sua carreira universitária, a atividade de escritor esteve em latência nesse autor que tem a escrita como um “vício inevitável”. Para Modesto Carone, “quem lê tem vontade de escrever, isso é fatal”
O hábito de frequentar bibliotecas já estava presente na sua cidade natal e, em São Paulo, a Mário de Andrade “era um pólo de atração que podia ser até invisível, você acabava chegando aqui”. Modesto Carone diz que: “o livro mexe com a sua existência”. Além de livros, foi nesse espaço que encontrou amigos e também aquela que veio a ser sua esposa: “aqui era o lugar onde você lia livros, encontrava pessoas interessadas em livros, curtia com essas pessoas, formava amizades na base de livros e de conhecimento. Havia um Eros do conhecimento baseado nos livros”
Sinopse
• Primeiros anos em São Paulo • Vivência na Biblioteca Mário de Andrade • Contato inicial com a literatura • BMA versus biblioteca de Sorocaba • Repressão pós 1964 • Sugestões para BMA • Interesse de leitores • Estadia como professor na Alemanha • Atividades de escritor, professor, tradutor e relação com a língua alemã • Kafka: leitura e trabalho como tradutor • Escrita do livro Resumo de Ana • Livros revisitados •
Mapa afetivo de São Paulo
Clubinho da esquina da Rua Bento Freitas com a Rua General Jardim Faculdade de Direito do Largo São Francisco Loja Mappin Pari Bar Praça Dom José Gaspar Teatro de Arena
Expectativas e direções para a BMA
- Boa remuneração para os funcionários;
- Ter funcionários qualificados;
- Compra de livros, assinatura de revistas e jornais para atualizar e preencher as lacunas do acervo da Biblioteca;
- Manutenção constante do prédio.
Ficha Técnica
data 12/07/2007 duração 116 minutos mídia 1 DVD / 1 miniDV transcrição 32 páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Daisy Perelmutter / Ana Elisa Antunes Viviani / Maria Carolina de Ré / Thiago de Faria e Silva edição audiovisual Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira