Secretaria Municipal de Cultura
Anna Verônica Mautner
“Aqui eu aportei para a vida adulta”
Segunda-feira, 26 de Julho de 2010 | Horário: 19:40
Húngara de família judia, mas “ateia há várias gerações”, Anna Verônica Mautner se tornou brasileira através da comida e dos livros: “Para mim, o máximo era comer cocada, goiabada. Em casa não tinha; só aquelas comidas de húngaro, que hoje eu faço. (...) Naquela época eu devorava arroz, feijão, chuchu e macarrão cozido. Eu devorei o Brasil”.
Começou a frequentar a Biblioteca no momento em que aportou na vida adulta, procurando os livros indicados pelo cursinho e encontrando amigos que, como ela, também eram de esquerda. Seu trajeto cotidiano incluía o Theatro Municipal e a Cinemateca. “Não tinha festa, frequentação na casa do outro. Não tinha hora marcada. A Biblioteca e a estátua não saíam do lugar; ficavam aqui nos esperando”.
Anna Verônica Mautner sintetiza uma geração que rompeu as barreiras de classe sócio-econômica que até então restringiam a cultura a poucos: “Antes eram os ricos: Antonio Candido, Sérgio Milliet. Nós fizemos a ruptura. Foi um grande momento”. Formada em Ciências Sociais pela Universidade São Paulo, fez especialização em Psicologia Social, tornando-se, posteriormente, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Da juventude, guarda ainda a lembrança de um momento no qual “a cidade nos dava coisas. Coisas que nos eram de direito e que não precisava pedir, nem implorar”.
• Memórias da década de 1950 • Sociabilidade e vivências na Biblioteca Mário de Andrade • Relação com o espaço público e vitalidade cultural do Centro de São Paulo • Escolha do curso de Ciências Sociais • Importância da BMA para a sua formação • Experiência no DROR (Movimento Sionista Socialista) • Trajetória familiar • Processo de identificação com o Brasil: livros, comida e novela • Relação com o judaísmo • Temporada no Rio de Janeiro • Percurso profissional • Percepções sobre São Paulo • Sugestões para a BMA: recuperação do espírito democrático de formação e convívio • Críticas à sociedade contemporânea: educação, consumo e sociabilidade • Biblioteca pessoal: clássicos •
Avenida Angélica Bairro Barra Funda Barzinho do MAM Biblioteca de Economia (esquina da rua Maria Antonia com a Vila Nova) Bairro Bom Retiro Cinemateca Brasileira (Rua 7 de Abril) Colégio Mackenzie Faculdade de Filosofia Bairro da Lapa Rua Jaguaribe Rua Tupi Bairro Santa Cecília Theatro Municipal
- A Biblioteca deve voltar a funcionar como um espaço de convivência e troca.
data 09/08/2006 duração 56 minutos mídia 1DVD / 1VHS transcrição 2O páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Daisy Perelmutter direção audiovisual Sérgio Teichner / Luis Augusto Silva edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira
Começou a frequentar a Biblioteca no momento em que aportou na vida adulta, procurando os livros indicados pelo cursinho e encontrando amigos que, como ela, também eram de esquerda. Seu trajeto cotidiano incluía o Theatro Municipal e a Cinemateca. “Não tinha festa, frequentação na casa do outro. Não tinha hora marcada. A Biblioteca e a estátua não saíam do lugar; ficavam aqui nos esperando”.
Anna Verônica Mautner sintetiza uma geração que rompeu as barreiras de classe sócio-econômica que até então restringiam a cultura a poucos: “Antes eram os ricos: Antonio Candido, Sérgio Milliet. Nós fizemos a ruptura. Foi um grande momento”. Formada em Ciências Sociais pela Universidade São Paulo, fez especialização em Psicologia Social, tornando-se, posteriormente, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Da juventude, guarda ainda a lembrança de um momento no qual “a cidade nos dava coisas. Coisas que nos eram de direito e que não precisava pedir, nem implorar”.
Sinopse
• Memórias da década de 1950 • Sociabilidade e vivências na Biblioteca Mário de Andrade • Relação com o espaço público e vitalidade cultural do Centro de São Paulo • Escolha do curso de Ciências Sociais • Importância da BMA para a sua formação • Experiência no DROR (Movimento Sionista Socialista) • Trajetória familiar • Processo de identificação com o Brasil: livros, comida e novela • Relação com o judaísmo • Temporada no Rio de Janeiro • Percurso profissional • Percepções sobre São Paulo • Sugestões para a BMA: recuperação do espírito democrático de formação e convívio • Críticas à sociedade contemporânea: educação, consumo e sociabilidade • Biblioteca pessoal: clássicos •
Mapa afetivo de São Paulo
Avenida Angélica Bairro Barra Funda Barzinho do MAM Biblioteca de Economia (esquina da rua Maria Antonia com a Vila Nova) Bairro Bom Retiro Cinemateca Brasileira (Rua 7 de Abril) Colégio Mackenzie Faculdade de Filosofia Bairro da Lapa Rua Jaguaribe Rua Tupi Bairro Santa Cecília Theatro Municipal
Expectativas e direções para a BMA
- A Biblioteca deve voltar a funcionar como um espaço de convivência e troca.
Ficha Técnica
data 09/08/2006 duração 56 minutos mídia 1DVD / 1VHS transcrição 2O páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Daisy Perelmutter direção audiovisual Sérgio Teichner / Luis Augusto Silva edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira