Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

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Mostra Maya Deren

Em comemoração ao dia internacional da mulher (8 de março), a Biblioteca Mário de Andrade realizará uma mostra retrospectiva da obra da artista americana Maya Deren, criadora de uma produção cinematográfica das mais experimentais e inovadoras aparecidas nos EUA entre as décadas de 1940 e 1950.

Em comemoração ao dia internacional da mulher (8 de março), a Biblioteca Mário de Andrade realizará uma mostra retrospectiva da obra da artista americana Maya Deren, criadora de uma produção cinematográfica das mais experimentais e inovadoras aparecidas nos EUA entre as décadas de 1940 e 1950.

Nascida Eleanora Derenkowskaia no dia 29 de abril de 1917 em Kiev, na Ucrânia, Maya Deren (nome artístico adotado em 1943) chegou com os pais aos EUA em 1922, fugindo da violência contra os judeus em sua terra natal. Criada desde então na cidade de Nova Iorque, Maya teve uma extensa formação acadêmica: jornalismo na Universidade de Syracuse, bacharelado em literatura pela New York University e mestrado na mesma área pelo Smith College da New School for Social Research.

Amiga de diversas pessoas da cena artística de Nova Iorque no início dos anos 1940 (dentre elas, Duchamp, John Cage e Anaïs Nin), Maya Deren trabalhou como assistente editorial e fotógrafa freelancer para revistas, e como secretária pessoal da coreografa afro-americana Katherine Dunham. Durante uma turnê da companhia de Dunham na Califórnia, Deren conhece Alexandr Hammid, um celebrado fotógrafo tcheco que se tornaria seu esposo em 1942. Com a colaboração do marido, e munida de uma recém-comprada câmera Bolex de 16mm, a artista produz em 1943 um dos seus curtas mais famosos, Meshes of the Afternoon, reconhecido até hoje como um filme seminal na história do cinema de arte norte-americano.


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Nos anos seguintes, além dos curtas-metragens experimentais e de uma colaboração com Anthony Tudor na produção do balé The Very Eye of Night, Maya Deren expandiria seus interesses artísticos para uma área muita diversa: a etnografia. Profundamente interessada pelos rituais de vudu haitiano desde a época em que havia trabalhado com Katherine Dunham, ela dedicaria alguns anos na produção de material sobre o assunto, como o documentário de 1947 Meditation on Violence (financiado por uma bolsa da Fundação Guggenheim), e o estudo Divine Horsemen: The Living Gods of Haiti, publicado nos EUA em 1953 pela editora Vanguard Press.

Falecida aos 44 anos em 1961 em decorrência de uma hemorragia cerebral, seu legado é reconhecido até hoje como da mais alta importância dentro do meio artístico americano. Em 1986, o American Film Institute homenagearia a cineasta com a criação do Maya Deren Award, prêmio oferecido ao melhor da produção de cinema independente nos EUA.

Programação:

Dia: 8, terça-feira, às 20h, e 18, sexta-feira, às 24h

No Espelho de Maya Deren (documentário)

Dia: 09, quarta-feira, às 22h30
Meshes of the Afternoon (1943; 14 min.)
At Land (1944; 15 min.)
A Study in Choreography for Camera (1945; 3 min.)
Ritual in Transfigured Time (1946; 14 min.)
The Private Life of a Cat (1947; 29 min.)

Dia: 16, quarta-feira, às 20h
Meshes of the Afternoon (1943; 14 min.)
At Land (1944; 15 min.)
A Study in Choreography for Camera (1945; 3 min.)
Ritual in Transfigured Time (1946; 14 min.)
The Private Life of a Cat (1947; 29 min.)

Dia: 11 , sexta-feira, às 24h e 24, quinta-feira, às 20h

Meditation on Violence (1948; 13 min.)

Ensemble for Somnambulists (1951; 7 min.) sem legendas

The Very Eye of Night (1958; 15 min.)

Dia: 22, terça-feira, e 23, quarta-feira, às 20h

Divine Horsemen: The Living Gods of Haiti (1985; 52 min.) (imagens originais, 1947-1954) sem legendas