Secretaria Municipal de Habitação

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Projeto Praças da Paz já beneficia oito comunidades em urbanização

Por Débora Yuri

Em fase final de urbanização pela Prefeitura, oito comunidades da periferia de São Paulo já estão recebendo as atividades de esporte, ginástica, cultura e lazer em suas praças, quadras e parques por meio da parceria da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) com o Instituto Sou da Paz e a SulAmérica Seguros e Previdência. O projeto Praças da Paz acontece todos os finais de semana em Santo Eduardo e Haia do Carrão (Zona Leste), Vergueirinho e Vitotoma (Zona Sudeste), Nova Jaguaré (Zona Oeste) e Jardim Irene, Jardim Olinda e Jardim Colombo (Zona Sul), esse último, parte do Complexo Paraisópolis.

As ações nos espaços públicos vão de oficinas de dança, capoeira e pintura de casas a aulas de skate, futebol e streetball (basquete de rua). Ginástica para a terceira idade, festival do grafite, intervenção de MCs (mestres de cerimônia, na cultura do hip hop), cinema ao ar livre, desfile de moda e visitas guiadas à Pinacoteca do Estado e ao Museu do Futebol são “extras” da programação. Nas oito áreas, cerca de 12 mil habitantes já foram beneficiados com as atividades.

Até o final do ano, o projeto continua nas oito comunidades. As novidades são ações conjuntas com o Ônibus Biblioteca, da Secretaria Municipal de Cultura, que leva livros num coletivo itinerante a bairros afastados do Centro, e com o Ônibus Brincalhão, da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, que faz do veículo uma brinquedoteca móvel, equipada com brinquedos e jogos.

As Praças da Paz entraram em cena em 2007, quando cinco praças-piloto da cidade foram revitalizadas pelo Instituto Sou da Paz e a SulAmérica, e passaram a receber atividades para as comunidades locais: Jardim Ângela (Zona Sul), Lajeado (Zona Leste) e Brasilândia (Zona Norte). A Sehab entrou como parceira em 2009, para ampliar o projeto e transformar mais praças e parques em pólos de lazer e cultura. Oito favelas em processo de urbanização foram escolhidas e 40 membros das equipes técnicas do trabalho social, capacitados.

“O projeto foca uma etapa importante da urbanização de uma favela: o pós-ocupação, quando as obras já foram entregues”, explica Maria Fernanda Mendes Pereira, coordenadora técnica da parceria e assistente social da Habi 2, divisão social da Superintendência de Habitação Popular da Sehab. “Estamos trabalhando para que os moradores usem e, assim, se envolvam na preservação futura desses espaços públicos.”

Cada comunidade tem as suas características, por isso é importante a participação dos moradores na escolha e organização das atividades, completa Ricardo Mello, coordenador do projeto pelo Instituto Sou da Paz. “Não levamos um pacote pronto para todas as praças. No Jardim Irene, por exemplo, é grande o uso dos equipamentos de ginástica implantados pela Prefeitura, principalmente entre o público da terceira idade, mas eles precisavam de um monitor, para orientar as atividades físicas sem colocar o corpo em risco.”