Prefeitura de São Paulo

Projeto arquitetônico do conjunto Mata Virgem: preocupação com o meio ambiente

A Fase 2 do Programa Mananciais, que teve início em maio de 2008 e está prevista para terminar em maio de 2012, começa uma importante etapa: a da construção de novas moradias, destinadas às famílias reassentadas das represas Billings e Guarapiranga. O ponto de partida é o conjunto habitacional Mata Virgem, localizado no distrito de Cidade Ademar, no entorno da Billings, cujo projeto se destaca pela preservação ambiental. Em vez de asfalto e concreto, por exemplo, haverá grama e piso drenante em todo o empreendimento.

Serão três condomínios, onde estarão distribuídos seis prédios, totalizando 407 unidades habitacionais, numa área total de 7.000 m². As obras são executadas pelo consórcio Schahim-Carioca e os serviços de terraplanagem e fundação já estão adiantados. A previsão de entrega é para o final deste ano. As moradias do Mata Virgem representam 9% do total de 4.500 previstas pelo Programa, que serão construídas ao longo dos próximos três anos, numa parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) e o Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

A planta dos apartamentos é flexível, o que permite a organização espacial em dois ou três dormitórios, na área de 50 m². As chamadas áreas molhadas, como banheiros e a cozinha, receberão tratamento com impermeabilizantes, e o andar térreo terá unidades para pessoas com deficiência. Todos os edifícios possuem playground, quadra de esportes, praça, portaria e área de convivência coletiva.

“Esse empreendimento foi concebido já com um diferencial, que pretendemos replicar nas outras áreas de intervenção do Programa Mananciais. Procuramos um conforto ambiental, com preocupações que vão desde a circulação interna até a permeabilidade do solo. Todos os revestimentos externos são naturais, de grama. Não existe asfalto nessas áreas”, diz Alvaro Velloso, engenheiro do consórcio HagaPlan JNS, gerenciadora do Programa.

Isso é endossado pelo projeto arquitetônico, assinado por José Tabith, concebido para conviver harmonicamente com o meio ambiente. “A arquitetura se adapta ao local, respeitando o contexto, preservando as áreas verdes e a topografia existente. O projeto representa um esforço em enfrentar os desafios que as questões socioambientais colocam a sociedade atualmente”, explica Tabith.

Também está prevista para a área um Centro Educacional Infantil e uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Os equipamentos terão capacidade de atendimento determinada em levantamentos a serem realizados durante o primeiro semestre, quando será diagnosticado o perfil socioeconômico da comunidade. A Fase 2 do Programa Mananciais contempla 81 áreas, divididas em oito lotes de obras. Estão previstos investimentos na ordem de R$ 1 bilhão, favorecendo 60 mil famílias.