Secretaria Municipal de Habitação
Prefeitura sanciona novo programa habitacional para impulsionar produção de unidades de interesse social na capital
Imagem do painel institucional do novo programa habitacional, Pode Entrar em frente ao condomínio do empreendimento, Viela da Paz. FOTO: Edson Lopes Junior/SECOM
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou nesta quinta-feira, o novo programa habitacional da cidade, o Pode Entrar, que vai impulsionar a produção de unidades de interesse social no município. De imediato, o Pode Entrar, idealizado pelo prefeito Bruno Covas e aprovado pela Câmara Municipal, garante 14 mil unidades comprometidas em função da extinção do Minha Casa, Minha Vida e institui importantes ferramentas para ajudar na redução do déficit habitacional como a possibilidade de a Prefeitura adquirir imóveis da iniciativa privada de acordo com as demandas regionais e porcentuais mínimos para idosos, pessoas com deficiência e mulheres vítimas de violência.
“É um mecanismo jurídico, agora como lei específica, que vai fazer com que a cidade avance ainda mais, possibilitando a entrega de 49 mil unidades habitacionais até dezembro de 2024", explica Nunes.
A Lei nº 17.638, de autoria do Poder Executivo, cria mecanismos mais ágeis e inovadores na política habitacional do município. Além dos meios tradicionais já utilizados na produção de habitação de interesse social, o “Pode Entrar” também permite à Prefeitura adquirir imóveis privados para essa finalidade, garantindo tempo de entrega e redução de custos na viabilização de unidades habitacionais.
São Paulo possui estrutura institucional, financeira e demanda própria. A sanção do Programa irá de imediato viabilizar cerca de 10 mil unidades habitacionais que estavam travadas pelo extinto Programa Minha Casa Minha Vida, na modalidade ‘Entidades’, e outras 4 mil vinculadas na modalidade ‘Mercado’ poderão ser construídas diretamente pelo município ou por meio do Programa Casa Verde e Amarela.
Simplificação de crédito
O Pode Entrar também cria dois mecanismos importantes para o atendimento habitacional. Um é a Carta de Crédito que funcionará como um subsídio financeiro concedido ao munícipe pela Prefeitura para a aquisição da moradia. Esse processo também ajudará na parceria com o “Casa Paulista”, agência do governo estadual que tem por finalidade a oferta de habitação de interesse social.
Outra forma de aquisição da casa própria de forma simples será a Conta Garantidora, na qual a Prefeitura garante o acesso ao crédito bancário dos beneficiários que tenham dificuldade para pleitear financiamento no sistema bancário.
Segundo o secretário municipal de Habitação, Orlando Faria, o objetivo principal é diminuir o déficit habitacional na cidade de São Paulo. “Dentro do programa existem percentuais para atendimentos de idosos, pessoas com deficiência e mulheres vítimas violência.
Há discussões para incluir outros públicos específicos. Antes eram usados os critérios do Minha Casa, Minha Vida e agora vamos ter os nossos próprios critérios", afirmou Faria.
Modalidades
Existem quatro modalidades previstas no Programa Pode Entrar. Veja as possibilidades:
I. Empreendimentos para atendimento de famílias cadastradas no município e selecionadas conforme critérios de priorização e seleção.
II. Empreendimentos para atendimento de famílias removidas involuntariamente por intervenções de obras públicas.
III. Empreendimentos em parceria com entidades sociais habilitadas pela SEHAB ou COHAB-SP, podendo ser imóvel público ou privado.
IV. Aquisição de unidades ou empreendimentos em imóveis privados para atendimento de famílias selecionadas pela SEHAB ou COHAB-SP.
Público-alvo
O Programa Pode Entrar destina-se ao atendimento de beneficiários em dois grupos de renda.
O Grupo 1 para famílias com renda bruta até 3 salários mínimos e o Grupo 2, destinado para renda familiar bruta entre 3 (três) e seis (6) salários mínimos.
Em todo e qualquer empreendimento produzido ou comercializado no âmbito do programa Pode Entrar são estabelecidas cotas de 5% das unidades para os que possuem algum membro da família com deficiência comprovada, 5% para idosos e mais 5% para mulheres com medida protetiva pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
Produção habitacional em São Paulo
De 2017 até setembro deste ano, mais de 31 mil unidades habitacionais já foram entregues à população paulistana em parceria da Prefeitura com os governos Estadual e Federal e iniciativa privada. Desde janeiro deste ano, foram cerca de 2 mil unidades. E até o final de 2021, está prevista a entrega de mais 2 mil novas moradias.
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