Prefeitura de São Paulo

Fonte: Hagaplan/Sondotécnica – 2005

      O objetivo deste quadro é a caracterização física dos imóveis com uso exclusivamente residencial e misto, totalizando 17.730 domicílios quanto ao número de cômodos que possuem, com exceção do banheiro.

     Denota-se que o maior percentual (31,56%) dos domicílios possui 2 cômodos, seguidos por 22,17% dos que possuem 3 cômodos. Entre as favelas os percentuais se mantêm, assim, com alguma significância, 18,6% são compostos por 4 cômodos e este percentual cai sensivelmente com relação aqueles que possuem mais de 4. No outro extremo, os que possuem apenas um ficam em 10,75%, ou seja, 1.906 domicílios.
 

 Fonte: Hagaplan/Sondotécnica – 2005

     Conforme retratado no quadro acima, a grande maioria dos domicílios e dos imóveis de uso misto é construída em alvenaria, 83,93%, o que equivale a 14.880 do total de domicílios. Este número vem seguido de 7,48% (1.327) construídos em madeira. O percentual se mantém nas demais favelas, sendo insignificante o número dos que são construídos com outros materiais.

     Quanto à existência e tipo do serviço de luz que possui, nota-se que o percentual dos imóveis que não possuem energia elétrica é 0,7% ou seja 126 total do Projeto. Portanto a quase totalidade possui energia elétrica, apesar do destaque de 60,56 % dos imóveis que possuem ligação de energia direta do poste. O relógio / kit coletivo é utilizado por 11,2% dos imóveis, quase o mesmo percentual daqueles que “emprestam” a energia elétrica de vizinho (11,8%). Por esses dados pode-se verificar a precariedade e o número grande de instalações clandestinas, o qual se repete em cada uma das favelas do Projeto.

     Pelos dados apresentados, a grande maioria dos imóveis do Projeto são abastecidos pelo serviço de água, sendo que somente 0,76% informam não possuir água, enquanto 9,25% constam como sem informação.

     Dos que são abastecidos por água, 52,48% possuem relógios individuais e cavaletes ou relógios coletivos/cavaletes, ou seja, mais da metade dos imóveis, o que equivale a 9.340 imóveis atendidos pela rede de água oficial. Em contrapartida, 22,98% possuem ligações clandestinas (4.076 imóveis) e 14,32% informam emprestar água dos vizinhos.

     Com relação à coleta de esgoto, o que chama atenção no quadro abaixo é o grau de precariedade. Somente 16,5% dos domicílios utilizam a rede oficial ou seja 2.927 imóveis residenciais do total do Projeto. O restante encontra-se distribuído da seguinte forma: 52,64% utilizam rede construída pelos próprios moradores enquanto 3,12% utilizam fossa. Os que informam não possuir e os que jogam diretamente no córrego, somam 12,8%.
 

Quadro resumo: infra-estrutura existente no Projeto Paraisópolis 
 

Foto de domicílios da área abrangente do Projeto Paraisópolis, na qual podemos observar as ligações clandestinas de rede elétrica, popularmente conhecidas como “gatos”.

Foto de domicílios localizados à beira córrego Antonico, na qual podemos observar o encaminhamento de esgoto clandestino jogado diretamente no córrego.

 

 Fonte: Hagaplan/Sondotécnica – 2005

      A maioria dos domicílios do Projeto tem seu lixo coletado pelo sistema oficial, ou seja 66,91%, sendo 37,19% individual e 29,72% coletivo, através de caçambas ou lixeiras coletivas. As demais formas de destino do lixo são 3,96% que jogam no córrego ou em terreno vazio, ou que queimam. Destaca-se o alto número “sem informação”, de 28,84%.

Foto na qual fica explicito o contingente de moradores que jogam lixo no córrego (Brejo) ou mediações de sua própria casa.

Lixo acumulado em terreno vazio no Grotão.

 Fonte: Hagaplan/Sondotécnica – 2005

      É importante destacar que 87,42% dos domicílios do Projeto, ou seja 15.499 informaram que não estão sujeitos a enchentes, enquanto 4,32% (766) informam que ocorre enchente onde moram. O percentual se mantém nas favelas e o número dos que não informaram é de 8,26% do total.

Enchente ocorrida em dezembro de 2005 no Setor Grotinho.

Obras em andamento no Setor Grotinho, área de risco Muito Alto – R4.