Secretaria Municipal da Saúde
Área Técnica da Saúde da População Negra
LANÇAMENTO - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
Acesse o livreto Experiências Exitosas em Saúde da População Negra
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A Área Técnica da Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo foi criada no ano de 2003 atendendo a uma das proposições da 1ª Conferência Municipal de Saúde da População Negra. Seu objetivo é formular ações que promovam no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) Municipal a redução das iniquidades em saúde relacionadas à questão racial por meio da implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Pensar a saúde da população negra como uma política pública tem gerado vários debates que giram em torno da universalidade e da equidade.
Segundo IBGE, em 2010, a população do município de São Paulo, era 11.253.190 habitantes, sendo, 4.169.301(37%) negros (pretos +pardos). Enquanto os brancos tem sua maior concentração nas regiões com melhores condições socioeconômicas e ambientais a população preta e parda em sua grande maioria residia nas regiões periféricas da cidade onde as condições não muito favoráveis repercutem nos indicadores epidemiológicos. Podemos observar os reflexos desta situação na precocidade dos óbitos, nas taxas de mortalidade, nos mapas de pobreza que se sobrepõe com os de distribuição por raça/cor, mostrando que a população negra ocupam as posições menos qualificadas em consequência menos remuneradas no mercado de trabalho ,apresentam os mais baixos níveis de instrução, residem em áreas com menos infraestrutura básica; e os que sofrem maiores restrições de acesso aos serviços de saúde.
O reconhecimento da profunda desigualdade entre as pessoas, grupos sociais e sua repercussão na qualidade de vida e de saúde, conduzindo a modos distintos de nascer, de adoecer e de morrer, pode contribuir para superar as injustiças sociais históricas, com a redistribuição da oferta de ações e serviços e da redefinição do perfil dessa oferta, para priorizar a atenção a grupos sociais cujas condições de vida e saúde sejam mais precárias, bem como enfatizar ações específicas para determinados grupos e pessoas que apresentem riscos diferenciados de adoecer e morrer por problemas de saúde específicos. Trata-se da integralidade e da equidade das ações de saúde, considerando as diferentes necessidades de atenção à saúde das pessoas e dos grupos.