Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento

Quinta-feira, 4 de Julho de 2024 | Horário: 11:09
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Crescimento da população negra em São Paulo: sobe para 5 milhões o número de pessoas que se reconhecem como pardos e pretos na cidade

Conclusão é de novo estudo da Prefeitura que analisou e comparou dados do Censo 2022 do IBGE com recenseamentos anteriores


A população negra, formada por pessoas que se reconhecem como pardos e pretos, está em constante crescimento e atingiu a marca de 5 milhões de pessoas na cidade de São Paulo. A conclusão é da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), que analisou e comparou dados do Censo Demográfico de 2022 do IBGE com recenseamentos anteriores (2000 e 2010). O objetivo foi analisar as mudanças do perfil da população paulistana no quesito cor e raça. Acesse aqui o Informe Urbano.

Trata-se do quarto estudo da seção "Informes Urbanos" da SMUL que utiliza dados do Censo 2022. A Secretaria também já publicou análises sobre o aumento do número de domicílios na cidade, crescimento da população idosa e a distribuição da população por distritos e regiõesAcesse aqui

O novo Informe Urbano mostra que, em 2022, a cidade de São Paulo atingiu uma população de 11.451.999 pessoas. Destas, 6.214.422 (54,3%) se identificavam como branca; 4.980.399 (43,5%) como preta ou parda, ou seja, negro; 238.603 (2,1%) como amarela e 17.727 (0,2%) como indígena. 

 

 

Apesar da população negra ainda não ter ultrapassado a população branca, ela apresenta um constante crescimento quando comparados os últimos três censos. Em 2022, cerca de 5 milhões de pessoas se reconheceram como negros na cidade, o que significa um incremento em torno de 800 mil pessoas nos últimos doze anos e de 1,8 milhão em duas décadas. 

Fenômeno inverso acontece com os brancos. Essa população vem gradualmente diminuindo, de 67% do total em 2000, para 60,6% em 2010, até chegar em 54,3% no ano de 2022.

Sobre a população indígena, houve estabilidade nos últimos três censos. O número atual faz com que São Paulo figure entre as dez cidades com a maior população indígena do Brasil. 

 

 

O estudo da SMUL também analisou a distribuição da população por faixas etárias. É possível notar que a população branca e a população negra se distanciam conforme a população envelhece.  

Por exemplo,  entre os mais novos, o número de pessoas negras e brancas é bastante próximo. Na faixa de 15 a 24 anos, há 776.945 brancos (49,6%) e 765.671 negros (48,9%). Em contrapartida, na faixa de 60 ou mais anos (idosos), a quantidade de pessoas brancas é quase o dobro da de pessoas negras, 1.272.053 e 669.781, respectivamente (ou 62,9 e 33,1%). 

 

 

Considerando a cor ou raça amarela, esse é um grupo em que a população é mais envelhecida, com 33% das pessoas na faixa 60 ou mais anos. Trata-se da maior proporção de idosos da cidade, seguida da população branca, com 20,5% do total de pessoas brancas com mais de 60 anos. 

Já a população indígena tem uma estrutura etária dentro do grupo que é semelhante à dos negros, não sendo observada uma população com grande número de idosos comparativamente aos outros grupos. 

 

 

 

 

Informes Urbanos 

Os Informes Urbanos são estudos sobre temas de interesse para o desenvolvimento de São Paulo. As análises são elaboradas sobre dados demográficos, sociais, econômicos e de uso do solo, sempre sob a ótica da dimensão territorial, ou seja, da manifestação desses temas no espaço urbano. 

Acesse aqui a página de Informes Urbanos 

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