Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento

Segunda-feira, 24 de Março de 2025 | Horário: 11:05
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Prefeitura conclui estudo urbanístico e avança com projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o centro de São Paulo

Documento destaca os impactos do novo modal na dinâmica da cidade e sua relação com as demais políticas públicas municipais

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento e a São Paulo Urbanismo, acaba de finalizar um estudo urbanístico abrangente sobre o projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o centro da cidade. O documento destaca os impactos do novo modal na dinâmica da região central e sua relação com as demais políticas públicas municipais. O objetivo é fornecer uma base sólida para a implantação e gestão do novo modal de transporte. Acesse na íntegra o estudo urbanístico.

Batizado como Bonde São Paulo, o projeto tem como missão transformar a mobilidade do centro, oferecendo um meio de transporte moderno, eficiente e sustentável, com capacidade para atender até 134 mil pessoas por dia. Além de melhorar os deslocamentos na região, o VLT será um indutor de requalificação urbana, tornando o centro ainda mais atrativo para moradores, trabalhadores, turistas e atividades econômicas.

A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) desenvolveu estudos técnicos preliminares e projetos funcionais para a iniciativa. Em seguida, a SP Urbanismo foi contratada para aprofundar os estudos urbanísticos do projeto, que contempla, por exemplo, o estudo urbanístico entregue em 21 de fevereiro. A expectativa é concluir os projetos restantes ainda neste primeiro semestre.

O documento realiza um mapeamento detalhado da região central, identificando os desafios urbanísticos e de mobilidade, a compatibilização do projeto com planos existentes, como a Área de Intervenção Urbana do Setor Central, e a avaliação dos impactos na emissão de poluentes, na requalificação de espaços públicos e na valorização imobiliária. 

O estudo indica que o VLT tem potencial para transformar o centro de São Paulo, promovendo a requalificação de áreas com potencial de transformação e requalificação como a região da Luz e o Triângulo Histórico. Experiências internacionais, como as de Sevilha e Bilbao (Espanha) e Bordeaux (França), demonstram que sistemas semelhantes contribuíram para o aumento da ocupação de imóveis e o desenvolvimento econômico local. Na capital paulista, a reativação dessas áreas é vista como essencial para catalisar as habitações e demais utilizações imobiliárias do centro e consolidar o Bonde São Paulo como um vetor de renovação urbana e potencialização dos ativos culturais, gastronômicos, históricos e econômicos.

A integração modal do VLT com outros sistemas de transporte é um dos principais benefícios do projeto. Conectando-se ao metrô, ônibus e ciclovias, o novo modal deve reduzir a dependência do transporte individual motorizado, promovendo deslocamentos mais sustentáveis. Estudos apontam que a adoção de bilhetagem unificada e a construção de estações intermodais são estratégias fundamentais para o sucesso do sistema. 

No aspecto ambiental, o VLT é reconhecido por sua eficiência e baixo impacto em emissões de gases de efeito estufa. Operando com eletricidade, ou hidrogênio, e utilizando tecnologias como frenagem regenerativa, ele pode contribuir para as metas de redução de emissões de carbono, material particulado e nano plásticos e, assim, na melhoria da qualidade do ar na capital paulista.

A implantação do VLT também tem impacto econômico relevante. O sistema tende a valorizar imóveis ao longo de sua rota, atrair novos investimentos e dinamizar o comércio local, especialmente em regiões com baixa ocupação, como a Luz. A interligação de pontos turísticos pelo modal pode impulsionar o turismo no centro de São Paulo, aumentando o fluxo de visitantes e gerando novos postos de trabalho no setor e se integrar ao novo Centro Administrativo do Governo do Estado de São Paulo.

Além dos benefícios urbanísticos, ambientais e econômicos, o Bonde São Paulo deve desempenhar um papel essencial na inclusão social. O modal facilitará o acesso de moradores de áreas periféricas ao centro, conectando-se a corredores e terminais de transporte coletivo.  


 

Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) 

Paralelamente, a Secretaria Executiva de Desestatização e Parcerias, vinculada à Secretaria de Governo Municipal (SGM), conduz um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para viabilizar a implantação, operação e manutenção do VLT por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Atualmente, uma Comissão Especial analisa um estudo recebido em fevereiro, que poderá resultar na abertura de um edital de licitação.  

Com a conclusão dos estudos técnicos, SMUL, SP Urbanismo e a Secretaria do Governo Municipal (SGM) definirão a modelagem do projeto, os investimentos e os custos de implantação. Para garantir que o Bonde São Paulo atenda às reais necessidades da população, o processo incluirá audiências e consultas públicas, promovendo participação e transparência na tomada de decisões.  

 


Bonde São Paulo  

Além de proporcionar uma alternativa de transporte limpa e eficiente, o projeto de VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), batizado de Bonde São Paulo, contribuirá para reduzir o tráfego, a poluição atmosférica e sonora, além de requalificar áreas urbanas degradadas. Sua implementação incentivará o uso do transporte coletivo e a circulação de pedestres no centro, promovendo um ambiente urbano mais humano e acolhedor. 

Com duas linhas totalizando aproximadamente 12 km de extensão, o Bonde São Paulo conectará bairros estratégicos, como Bom Retiro e Brás, facilitando o acesso a importantes pontos culturais e econômicos, como o Mercado Municipal, o Triângulo Histórico, a Rua 25 de Março, o Theatro Municipal, a Sala São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade. O trajeto também incluirá espaços de lazer e convivência, como o Vale do Anhangabaú, o Parque da Luz, o Largo do Paissandu, o Largo do Arouche, a Praça da Sé e o Parque Dom Pedro II.  

O Bonde São Paulo será integrado a cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM, garantindo ampla conectividade e acessibilidade para os paulistanos. Além de considerar sua integração com o BRT da Radial Leste e a futura linha Celeste do Metrô.

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