Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento
Prefeitura de São Paulo apresenta análise sobre o crescimento populacional e de domicílios na Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM)
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), acaba de lançar um novo estudo baseado nos dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE. A análise examina o crescimento da população e de domicílios na Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM) ao longo de 22 anos (2000-2010 e 2010-2022). Acesse aqui o Informe Urbano.
Este é o sexto estudo da série "Informes Urbanos" que utiliza dados do Censo 2022. Na edição anterior (nº 66), a SMUL analisou o crescimento populacional e de domicílios em todas as macroáreas da cidade. Confira aqui todos os informes produzidos.
A divisão de São Paulo em macroáreas foi estabelecida pela Lei nº 13.430/2002 com o objetivo de orientar o planejamento urbano de forma mais eficiente, considerando características socioeconômicas, ambientais e de uso do solo. O atual Plano Diretor Estratégico (PDE) – Lei 16.050/2014, atualizada pelas Leis 17.975/2023 e 18.157/2024 – define oito macroáreas na cidade, sendo seis urbanas e duas rurais.
A Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM) é considerada estratégica para o reordenamento econômico e social em escala metropolitana. O PDE prevê para essas áreas os Planos de Intervenção Urbana (PIU) com o objetivo de promover transformações estruturais, intensificar atividades econômicas e gerar emprego e renda.
A MEM é a maior das oito macroáreas definidas pelo Plano Diretor, abrangendo quase 23 mil hectares, o que corresponde a 15% do território municipal. Os dados revelam que, atualmente, essa macroárea concentra mais de 2 milhões de habitantes e cerca de 950 mil domicílios, quase o dobro do registrado no ano 2000.
O estudo da SMUL identifica dois padrões distintos de dinâmica populacional na MEM: há um crescimento contínuo nos setores Orla Ferroviária e Fluvial (como os Arcos Tietê, Leste, Pinheiros, Jurubatuba e Tamanduateí) e no Setor Central (distritos da Sé, República e parte do Brás), mas uma estagnação no Setor Eixo de Desenvolvimento, que inclui áreas como o Arco Jacu-Pêssego e a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães.
O subsetor com maior população hoje é o Arco Leste, com mais de 540 mil habitantes. Entretanto, nos últimos 22 anos os maiores crescimentos percentuais ocorreram nos Arcos Pinheiros e Jurubatuba.
Com relação aos domicílios, há crescimento constante em todos os subsetores da MEM. O estudo identifica que as mudanças urbanísticas iniciadas nos anos 2000, com a aprovação das Leis 13.430/2002 (Plano Diretor Estratégico) e 13.885/2004 (Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo), contribuíram para o aumento de domicílios em áreas anteriormente industriais, como os Arcos Pinheiros e Tietê.
A conclusão do estudo é que existe um descolamento crescente entre o aumento do número de domicílios e o crescimento populacional. Ou seja, existe uma tendência de estagnação ou mesmo de redução no ritmo de crescimento populacional em oposição à tendência de incremento no número de domicílios existentes na cidade.