Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento

Terça-feira, 29 de Outubro de 2024 | Horário: 11:16
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Prefeitura de São Paulo aprova primeiro empreendimento de moradia popular na região central com incentivos de plano urbanístico

Prédio com 199 unidades de Habitação de Interesse Social (HIS) será construído na Alameda Barão de Limeira; AIU do Setor Central foi revisada recentemente para impulsionar a requalificação do centro

(Conteúdo produzido durante o período eleitoral em 19/08 e publicado no site no dia 29/10) 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), aprovou o primeiro empreendimento no centro da cidade com incentivos urbanísticos da Área de Intervenção Urbana (AIU) do Setor Central.  Em despacho publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (19), o Município licenciou, conforme a legislação do plano urbanístico, um projeto de edificação com 199 habitações de interesse social (HIS) na Alameda Barão de Limeira, no distrito de Santa Cecília, em Campos Elíseos. Confira a publicação no Diário Oficial. 

A Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE) é uma das apostas da Prefeitura de São Paulo para requalificar o centro da cidade. Em julho, ela foi revisada através da Lei 18.156/2024 para melhor compatibilizar sua lei original (Lei 17.844/2022) ao conjunto de políticas, programas e intervenções para a requalificação do centro. Comparada à antiga Operação Urbana Centro, a AIU traz procedimentos mais ágeis para licenciamento e amplia os estímulos para investimentos na região central - uma das mais bem servidas de infraestrutura da cidade - especialmente para famílias de menor renda. 

É o caso do empreendimento que recebeu o Alvará de Aprovação de Edificação Nova nesta segunda-feira. O Município aprovou o projeto de um edifício na Alameda Barão de Limeira com térreo e 13 pavimentos (andares). Serão 199 unidades residenciais, sendo 162 unidades HIS-2 (destinadas a famílias com renda mensal de até seis salários-mínimos) e 37 unidades R2V (destinadas a famílias com qualquer faixa de renda). 

Entre os benefícios urbanísticos da AIU, o empreendimento foi contemplado com um potencial construtivo de até seis vezes a área do terreno (coeficiente de aproveitamento igual a 6), isso significa que a edificação a ser construída poderá ter uma área seis vezes maior do que a área do terreno onde ela está localizada, permitindo mais unidades habitacionais no local.  O valor é o dobro que o empreendimento teria caso ele não estivesse no perímetro do plano urbanístico e fosse beneficiado pela legislação geral da cidade, isto é, o Plano Diretor Estratégico, a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) e o Decreto 59.885/20, que define coeficiente de aproveitamento igual a 3 para a implantação de empreendimento de habitação de interesse social em Zonas de Centralidade (ZC). 

O empreendimento também foi isento da cobrança de outorga onerosa, bem como de taxas e preços públicos, conforme disposto na legislação que trata da construção de habitações de interesse social (HIS) em toda a cidade.  

Importante destacar que a aprovação da Prefeitura ainda não permite que o empreendimento seja construído. Para isso, é necessário que o responsável receba o Alvará de Execução de Edificação Nova. 


 
Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE) 
A Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE) tem como uma das principais premissas o adensamento populacional e construtivo na região, com diversos incentivos para a população mais vulnerável. Nesse contexto, ela prevê que, ao menos, 40% dos recursos arrecadados com outorga onerosa sejam destinados à construção de moradias populares para famílias com renda de até 2 salários-mínimos e que, pelo menos, 20% sejam destinados para melhorias na rede de equipamentos públicos. Considerando que a região possui uma grande concentração de edifícios de valor cultural, a lei também prevê a destinação mínima de 5% para a preservação do patrimônio histórico, ambiental e cultural. 

O incentivo à habitação é uma das principais estratégias deste plano urbanístico para a transformação do centro. Acompanhada de obras de infraestrutura e melhorias na rede de equipamentos públicos – estabelecidas em seu programa de intervenções –, o plano busca resgatar o centro como indutor de investimentos para cidade. A expectativa é atrair cerca de 220 mil novos moradores à região. 

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Programas com incentivos urbanísticos para empreendimentos na região central  
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) coordena diversos programas que propõem incentivos urbanísticos para empreendimentos no centro da cidade com o propósito de atrair mais investidores e adensar uma região dotada de ampla infraestrutura. São várias iniciativas em andamento: 
 
- Programa Requalifica Centro (Lei 17.577/21), iniciativa concede incentivo fiscal e urbanístico para atrair investidores para recuperação de prédios antigos. Até o momento, 16 projetos de retrofit foram aprovados, totalizando 1.564 unidades habitacionais viabilizadas pela iniciativa privada.  
 
- Subvenção econômica para obras de retrofit, iniciativa onde o poder público realiza chamamentos públicos para concessão de subvenções econômicas com aporte de até 25% do valor de obras de reforma no perímetro do Programa Requalifica Centro. Nessa iniciativa, 60% do valor da subvenção deve ser destinado obrigatoriamente para empreendimentos destinados à moradia social.  
 
- Licenciamento de mais de 35 mil moradias populares no centro desde 2021, sendo 29 mil unidades destinadas a Habitação de Interesse Social (HIS), famílias com renda mensal de até seis salários-mínimos.  
 
- Combate à ociosidade ao notificar 1.639 imóveis somente na região central por descumprimento da Função Social da Propriedade. Em abril, a Prefeitura anunciou a desapropriação de cinco prédios ociosos que receberão moradias para famílias de baixa renda. 

- Área de Intervenção Urbana do Setor Central (Lei 17.844/2022), um plano urbanístico que prevê a destinação de, ao menos, 40% dos recursos arrecadados com outorga onerosa para a construção de moradias populares para famílias com renda de até 2 salários-mínimos. 
 

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