Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE ANHANGUERA

REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE ANHANGUERA

LOCALIZAÇÃO
O Refúgio de Vida Silvestre Anhanguera (RVS Anhanguera) está localizado no bairro Perus, Distrito Anhanguera, na Zona Norte do município de São Paulo. Distante aproximadamente 38 km da região central da capital paulista, o RVS Anhanguera está situado na Prefeitura Regional de Perus.
Coordenadas:
Latitude - 23°47'57.69"S
Longitude - 46°40'45.24"O
UTM – 328923/ 7366975 (23K)
Prefeitura Regional: Perus

Criado em 08 de Junho de 2020, por meio do Decreto Municipal nº 59.497/2020, o Refúgio de Vida Silvestre - RVS Anhanguera é a maior Unidade de Conservação - UC Municipal de Proteção Integral, totalizando uma área de aproximadamente 800 hectares (7.413.775,63 m²), cujo objetivo é preservar e enriquecer seus recursos, manter e proteger a fauna local e espécies migratórias, raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção, bem como garantir o conhecimento e a proteção de sua biodiversidade, e contribuir para a conectividade da paisagem e das áreas verdes e demais UCs da Zona Norte de São Paulo, como o próprio Parque Municipal Anhanguera, os Parques Estaduais do Jaraguá, Cantareira e Juquery e a Terra Indígena - TI Guarani Jaraguá.

O RVS Anhanguera integra o Corredor Ecológico Norte da Mata Atlântica, uma das áreas prioritárias do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica - PMMA São Paulo, compõe ainda, a área de abrangência do Polo de Turismo da Cantareira e está inserida na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde - RBCV da cidade de São Paulo, em área reconhecida pela UNESCO.

A flora do RVS Anhanguera é composta por vegetação com predomínio de eucaliptos (Eucalyptus sp.), sub-bosque com espécies nativas da Mata Atlântica e remanescentes desse conjunto de ecossistemas ao longo de cursos d’água, campos naturais (espécies típicas de cerrado), brejos, áreas ajardinadas e horto de plantas medicinais. Na área de visitação, destaque para araribá-rosa (Centrolobium tomentosum), cabreúva (Myroxylon peruiferum), bambu-chinês (Bambusa tuldoides), bambu-imperial (Bambusa vulgaris), chal-chal (Allophylus edulis), chico-pires (Leucochloron incuriale), grevílea-gigante (Grevillea robusta), guaraíva (Cordyline spectabilis), jerivá (Syagrus romanzoffiana), mirindiba-rosa (Lafoensia glyptocarpa), palmeira-de-leque-da-china (Livistona chinensis), palmeira-imperial (Roystonea sp.), palmeira-rabo-de-peixe (Caryota urens), pau-brasil (Paubrasilia echinata), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), pau-rei (Basiloxylon brasiliensis), tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia), tipuana (Tipuana tipu), uva-japonesa (Hovenia dulcis) e washingtônia-do-sul (Washingtonia robusta). Já foram registradas 336 espécies vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: cedro (Cedrela fissilis), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), palmito-jussara (Euterpe edulis), pau-brasil (Paubrasilia echinata) e pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Além disso, destaca-se a ocorrência de algumas espécie vegetais raras, como Baccharis punctulata, Corchorus argutus e Pombalia parviflora, que juntas compoem os primeiros registros para o município depois de 60 anos (Inventário de flora 2021).

Essa área protegida municipal compreende uma das principais Áreas de Soltura e Monitoramento dos animais reabilitados pela Divisão de Fauna Silvestre – DFS/CGPABI/SVMA, e abriga o Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), local onde os animais silvestres, quando feridos, vitimados, órfãos ou apreendidos em ações de combate ao tráfico tanto dentro como fora dos parques do município, são levados para tratamento veterinário, reabilitação, triagem e destinação, reintrodução, devolvendo-os a natureza, quando possível em seus locais naturais de origem. O parque possui elevada riqueza de fauna, constatado pela presença das 382 espécies já registradas, sendo 172 de aves, com destaque para falcão-de-coleira, acauã, gralha-do-campo, tietinga, maitaca, jacuaçu, coró-coró, inhambu-guaçu e inhambu-chitã. Dentre as aves endêmicas de Mata Atlântica ocorrem papa-taoca-do-sul, arapaçu-rajado, tangará, e sanhaçu-de-encontro-amarelo. Possui grande diversidade de beija-flores, como o pequenino estrelinha-ametista, o beija-flor-preto e o beija-flor-de-fronte-violeta, que visitam as flores de malvavisco. À noite, brejos e lagos tornam-se bastante festivos com a “musicalidade” das 15 espécies de rãs, pererecas e sapos. Destaque para o sapo-martelo e a perereca-cabrinha, que coaxam fazendo jus a seus nomes, além da perereca-de-inverno que pode ser ouvida o ano todo. Distingue-se por sua beleza rara a perereca-de-folhagem, que pode ser observada durante o verão. Serpentes, cágado-pescoço-de-cobra e lagarto-teiú integram os 17 répteis observados no local. Entre as 32 espécies de mamíferos inventariadas constam morcegos, furão, quati, cachorro-do-mato, veado-catingueiro, capivara, tatu, preá, tapiti, cuíca e caxinguelê. Entre os felinos, foram registradas três espécies ameaçadas de extinção: a jaguatirica, gato-mourisco e a onça-parda ou suçuarana, o segundo maior felino da américa do sul e o animal símbolo da cidade de São Paulo
(Inventário de fauna 2021)

 

CONTATO
Horário: Fechado para visitação
Telefone: (11) 3917-2406
Local: Estrada de Perus, 300 - Perus - Zona Norte