Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Novas perspectivas para educação são apresentadas em seminário na UMAPAZ
A Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) promoveu, no último dia 6, o seminário “Comunidade e Escola: Semeando a Cidade Educadora”. Enriquecedor, o encontro foi aberto ao público e reuniu representantes de Organizações Não Governamentais (ONG’s), poder público e sociedade civil, contando com a participação de educadores e alunos de instituições públicas de ensino. Na reunião, foram apresentados problemas, soluções e exemplos de escolas que tiveram êxito em quebrar seus muros simbólicos, incorporando em suas atividades não só os alunos, mas também pais, familiares e a comunidade escolar como um todo.
A mesa de colóquios foi composta por seis (6) palestrantes. Fernanda Araújo, da coordenação de Direito à Cidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDHC), Beatriz Goulart, do Centro de Referência de Educação Integral da SMDHC, Agda Morine, representando a Associação Cidade Escola Aprendiz, Braz Nogueira, diretor da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Campos Salles do bairro de Heliópolis, e duas alunas da EMEF Campo Salles, Nicole e Jamile, eleitas como prefeita e vice-prefeita da turma para partilhar suas experiências do cotidiano escolar.
A EMEF Campos Salles demonstrou porque é considerada uma instituição de ensino inovadora. Brás Nogueira, diretor, salientou que “escola tem de se integrar com a comunidade, quebrando os muros simbólicos que ficam dentro de nós”. O colégio criou um sistema que, entre outras iniciativas, confere ampla voz e autonomia aos alunos. No dia a dia, são formados grupos de quatro pessoas. Os estudantes recebem um roteiro, listando as metas à serem atingidas em cada disciplina, como matemática, português e ciências. Os educandos, então, escolhem qual matéria trabalhar primeiro e quais ações conjuntas os garotos devem tomar para resolver as questões propostas, tudo isso com supervisão e apoio de um educador, que intervém apenas no momento em que é solicitado.
Além disso, foram criados espaços e assembleias para que os alunos discutissem os problemas e demandas que identificam no local de estudo, proporcionando, desde cedo, um olhar analítico e crítico sobre o ambiente de estudo, guiando as ações da coordenação pedagógica do colégio. Essa integração maior com os alunos promove resultados dentro e fora do colégio, revelando uma maneira diferenciada de gerir as políticas públicas no bairro.
Na luta por um Plano de Ocupação do Espaço Público, a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos busca, junto às instituições de ensino, articular relações que possibilitem avanços nos direitos humanos e na cidadania de regiões que possuem vazios assistenciais e pouca oferta de políticas públicas. O encontro, além de possibilitar a integração entre SMDHC, SVMA e a ONG Cidade Escola, mostrou ao público participante perspectivas de uma educação que englobe ações integradoras fora do espaço da escola, fomentando o desenvolvimento social e cultural do território e da comunidade escolar como um todo.
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