Prefeitura de São Paulo

A retomada dos trabalhos do Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia foi realizada na terça (31), na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), com a 64ª Reunião Ordinária. O representante do Observatório do Clima apresentou o projeto MAPBiomas, enquanto os representantes da AMLURB trouxeram números e iniciativas relacionadas aos resíduos sólidos – dentre eles, um projeto-piloto iniciado com 121 escolas. O Secretário Adjunto Ricardo Viegas, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), presidiu os trabalhos, ao lado da Secretária Executiva do Comitê, Laura Ceneviva.

O primeiro a falar foi o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima. O especialista apresentou dois trabalhos: a estimativa da emissão de gases de efeito estufa em território nacional, para todos os setores da economia, e o projeto de monitoramento que acompanha as mudanças que ocorrem no território numa escala de 30 metros contando toda a história de cobertura do solo, de 1985 até 2017, disponível a todos.

“O material pode ser importante para monitoramento, cobertura e planejamento urbano e das unidades de conservação, das atividades de produção sustentável e serve para estimar de forma bem precisa as emissões dos gases de efeito estufa por mudanças de uso do solo no município.

Já a apresentação da assessora da diretoria de Planejamento e Desenvolvimento Márcia Metran e do engenheiro agrônomo Rafael Golin Galvão, ambos da AMLURB, versou sobre o descarte de resíduos sólidos. A novidade ficou por conta de projeto-piloto anunciado para iniciar-se em 1º de agosto em 121 escolas públicas, favorecendo cerca de 70 mil alunos, por cerca de seis meses.

Após apresentar, ao lado de Rafael Golin, o tema “Panorama da Gestão de Resíduos Sólidos na cidade de São Paulo”, Marcia Mitran informou que a AMLURB iniciaria nesta quarta (1) o projeto-piloto de compostagem para 121 escolas que possuem área verde superior a 400 m². Diferentemente de outras iniciativas voltadas para o universo escolar, este projeto intersecretarial estaria direcionado apenas para pesquisar a destinação de alguns tipos de alimentos crus, como frutas e folhas.

“Fizemos um diagnóstico prévio para conferir se a área verde ainda existe e se apresenta um declive que nos auxilie. Trabalharíamos com uma metodologia ‘pela cozinha’, ou seja, sem qualquer contato pedagógico, retirando só o resíduo do pré-preparo. É um estudo que permitirá à escola implantar projetos pedagógicos, mas também nos facilitará a avaliação real, ver se o sistema funciona, se teremos adesão, logística, pessoas para tocar o projeto”, exemplifica Marcia.