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Seja de um bioma para o outro, ou de Norte a Sul, as aves migratórias saem temporariamente de seus locais de origem por diversos motivos. Pode ser em busca de alimento, de abrigo, de condições favoráveis para a reprodução e criação de filhotes, ou também para economizar a energia que gastariam para se adaptar à mudança climática causada pela troca da estação. A migração ocorre no mundo todo e, para proteger a avifauna e garantir a permanência deste fenômeno, comemora-se o Dia Mundial das Aves Migratórias neste domingo (12).

A data coincide com uma das temporadas anuais de migração: em maio, período de outono no hemisfério sul, as aves desta porção do planeta migram atrás do clima primaveril do hemisfério norte. A rota é inversa no segundo momento de movimentação, que ocorre em outubro: as aves migratórias do lado norte da Terra vão ao sul também em busca das temperaturas e condições amenas encontradas durante a primavera.

Aves Migratórias no Brasil

No Brasil, estas aves são estudadas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cemave/ICMBio), responsável pela publicação do Relatório Anual de Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias no Brasil. O documento lista cinco importantes rotas migratórias no país – Atlântica, Nordeste, Brasil Central, Amazônia Central/Pantanal e Amazônia Ocidental – e as áreas nas quais estes animais fazem pousos para pequenos descansos e reabastecimento de energias.

Publicada em 2016, a segunda edição do relatório cita o registro do maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca) nas áreas verdes da Represa Guarapiranga, inclusive dentro do Parque Praia do Sol. Entre os meses de maio e junho, segundo o WikiAves, o maçarico-grande-de-perna-amarela migra para o Canadá para se reproduzir. Outras espécies brasileiras também são migratórias, como o irerê, ou parcialmente migratórias, como o suiriri.

Fonte: ICMBio e WikiAves