Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Terça-feira, 29 de Outubro de 2019 | Horário: 17:40
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Plenária do Comitê Municipal de Mudança do Clima teve transmissão ao vivo

Encontro, realizado na UMAPAZ, discutiu o papel dos governos nas ações de adaptação às mudanças climáticas.


Um dos temas mais instigantes da 76ª Reunião do Comitê Municipal do Clima e Ecoeconomia foi apresentado pelo Engenheiro Ambiental Alexandre Gross, consultor na área climática. Em sua apresentação, ele levantou questões como a intervenção do Estado na adaptação às mudanças do Estado, devido à pouca informação disponível, às barreiras de ação coletiva em nível local e ao foco quanto às consequências de longo prazo nas decisões de investimento.

O encontro ocorreu nesta terça, 29 de outubro, na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAMAP), responsável pela educação ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). O evento foi transmitido em tempo real pelas redes sociais e atraiu bom público presente. O secretário Adjunto da SVMA, Ricardo Viegas, afirmou que a palestra proferida por Gross foi extremamente oportuna, principalmente ao elencar as tarefas que cabem à cidade de São Paulo realizar.

O governo e a agenda
Consultor na área de Mudança do Clima, o Engenheiro Ambiental Alexandre Gross destacou as etapas a cumprir pelos governos, em especial pelo governo municipal, que tem em sua agenda ambiental o Plano de Ação Climática, em produção pela Prefeitura com a coordenação da SVMA.

Na área desde 2008 – possui experiência na formulação de políticas de adaptação à mudança do clima –, Gross destaca que um dos pontos altos foi a criação do Plano Nacional de Adaptação do Clima, do qual participou, em esfera federal. À época, o consultor trabalhava na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e, desde então, tem procurado fortalecer o conceito da adaptação, não como agenda hermética, e sim como sinérgica, em relação às demais.

No Brasil, o que fica claro é o viés da agenda de adaptação da mudança do clima, que não é ambiental, e sim de desenvolvimento. Embora o assunto esteja sob o guarda-chuva do meio ambiente, porque é uma estressante climática, o que gera risco é sua combinação com vulnerabilidades biofísicas e socioeconômicas. “É uma agenda socioeconômica que precisa estar vinculada a uma agenda de desenvolvimento; não podemos falar em riscos de mudança do clima, se não pudermos reduzir a vulnerabilidade social”, pontua Gross.

 

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