Prefeitura de São Paulo

O nome completo é El Niño-Oscilação Sul (Enos), mas o fenômeno tem visitado os noticiários há anos, como sinônimo de fenômeno da natureza causador de grandes catástrofes. No entanto, sua interferência sobre determinados fatores está diretamente ligada ao aquecimento das águas oceânicas, afetando o clima da Terra.

"O Enos altera os padrões de circulação da atmosfera e causa eventos extremos pelo mundo. De inundações na Índia ou na Austrália a inundações na costa oeste da América do Sul", explica Bin Bin Wang, chefe do Departamento de Meteorologista da Universidade do Havaí (EUA), em entrevista à BBC News Mundo. Segundo o especialista, a oscilação atmosférica dos últimos 40 anos tem tido consequências cada vez mais devastadoras.
consequências ainda mais devastadoras, o que lhe trouxe o apelido de “Super El Niño”.

"Trata-se de uma forma extrema do Enos, na qual a intensidade pode fazer com que as águas do Pacífico subam até 3ºC ou 4ºC em relação à temperatura normal do oceano", afirmou Bin. Na prática, essa violenta alteração térmica está totalmente relacionada à forma como o homem tem tratado seus oceanos. Cientistas chineses publicaram na revista Science que as medições realizadas nos oceanos por quase 4 mil robôs flutuantes comprovam que a teoria anterior (de estagnação das temperaturas) estava equivocada: a temperatura dos oceanos aumentou em ritmo acelerado.

Esses robôs indicam a temperatura, salinidade, pH (acidez) e outras informações sobre as águas. Mais de 90% desse aquecimento está diretamente relacionado ao excesso de calor retido na atmosfera pelos gases de efeito estufa (GEE), principalmente provocados pela queima de combustíveis fósseis.

Ou seja, o aquecimento dos oceanos está diretamente ligado às mudanças climáticas, mas o que a comunidade científica alerta é a vertiginosa velocidade com que isso ocorre. O aumento da temperatura das águas provoca o derretimento das geleiras, fazendo subir o nível do mar. Por consequência, também surge a tendência de partes do litoral serem “engolidos”

Fontes: BBC e DW Notícias