Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
EACH/USP ouve profissional da SVMA sobre meio ambiente e qualidade de vida
Quais são as relações do ambiente onde as pessoas vivem e trabalham com aspectos de sua saúde? Foi em busca de respostas que os pesquisadores Roberto do Valle Mossa e Vania Susana Brassea Galleguillos, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP) entrevistaram, nesta quarta (18), a Coordenadora de Planejamento Ambiental da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), Roselia Mikie Ikeda.
A entrevista é parte do projeto “ISA: Atividade Física e Ambiente”, cujo objetivo é avaliar quais as ações públicas e privadas que podem auxiliar na qualidade de vida como um todo – atividades físicas no tempo de lazer, transporte, tempo em que permanecem sentadas, excesso de peso, obesidade e saúde mental. Roselia destacou que áreas verdes públicas, próximas à sua residência são estímulo à prática esportiva, fonte de saúde e de bem-estar pela fruição de elementos da natureza.
Financiado pela Fapesp, o estudo ISA: Atividade Física e Ambiente quer potencializar a aplicação de possíveis resultados desta pesquisa para o desenvolvimento de ações, programas e políticas para a construção de ambientes favoráveis para a promoção da atividade física, para a prevenção do excesso de peso e da obesidade, e para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Além das lideranças públicas e privadas, serão ouvidos cerca de quatro mil munícipes residentes em todas as regiões da cidade, entrevistados anteriormente entre 2014 e 2015.
Muito a fazer
A coordenadora de CPA enfatizou a necessidade de que pesquisas acadêmicas possam cada vez mais auxiliar na compreensão das funções dos equipamentos públicos. Os parques, por exemplo, além de prestar serviços ambientais, podem prestar serviços sociais múltiplos: de cultura, educação, esporte, lazer e saúde, entre outros.
Os gestores públicos necessitam evoluir para ferramentas de dimensionamento desses serviços prestados, pois a partir de sua valoração, poderão propor no futuro políticas públicas e orçamentos municipais que reflitam este conceito.
“Atualmente, estamos atualizando nosso vocabulário interno de ‘ambiental’ para ‘socioambiental’, de forma a enfatizar a importância do uso dos parques pela população”, afirmou Roselia.
Ela afirma que a Prefeitura tem se esforçado para conhecer o público-alvo dos serviços: “Atualmente, sabemos mais da fauna e da flora do que do indivíduo que frequenta o parque”. Em 2019 foi feita a primeira pesquisa mais ampla em parques para captar dos frequentadores suas percepções. Existe uma estrutura de participação na gestão ambiental do município, através dos Conselhos de Parque e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento Sustentável.
“Há muito a caminhar para a participação efetiva, tanto da população, quanto da sociedade civil organizada e empresas privadas, em parcerias com o poder público, para a implementação e conservação dos parques públicos. Aqui também, vejo um papel importante das Universidades”, destacou Roselia.
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