Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Riscos climáticos levam à necessidade de mais ações da sociedade e a capacidade de se adaptar
No Fórum Econômico Mundial de 2020 foi destacado que o maior desafio do século XXI é responder efetivamente aos impactos da mudança do clima e dessa resposta dependerá a capacidade da humanidade em lidar com os demais desafios políticos, econômicos e sociais de longo prazo. Os riscos climáticos têm se acentuado e a maior quantidade de eventos extremos ressalta a urgência de ações.
Os impactos dessa situação já são bem conhecidos em São Paulo, com tempestades que causam inundações, danos a moradias e infraestrutura, perdas econômicas por causa de paralisação de serviços, interrupção de vias, prejudicando o transporte e a mobilidade de pessoas e aumento de doenças como leptospirose e dengue. Períodos de escassez hídrica, como a vista na cidade em 2014 e agora em 2021, podem se tornar mais frequentes e pôr em risco a manutenção da cidade, tornando inadiável a ação de toda a sociedade.
A Prefeitura de São Paulo, por meio de um GTI (Grupo de Trabalho Intersecretarial) e a parceria com a rede internacional de cidades C40, elaborou o PlanClimaSP, que indica ações que promovem e amplificam o processo de adaptação da cidade à mudança climática. Destaca-se, também, a existência, desde 2005, de um Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia como câmara de articulação da sociedade para ações que apoiem o cumprimento da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas. Além disso, há o desafio de realizar análises mais robustas, e de avançar na produção de dados e indicadores que permitam melhor avaliar, não apenas os impactos das ameaças sobre a população, mas também uma melhor compreensão da exposição e da vulnerabilidade de sistemas críticos para a cidade. A redução da exposição ou da vulnerabilidade implica desenvolver capacidade adaptativa.
Uma das principais preocupações da sociedade deve estar relacionada à variabilidade climática atual e às possíveis mudanças e seus impactos na população. As mudanças climáticas agravam ainda mais as desigualdades existentes entre pobres e ricos ou entre as regiões centrais e periféricas.
Se grandes chuvas são mais comuns, também é fato que períodos secos maiores ocorrem. O volume de água na região metropolitana tem diminuído e se tornado deficitário desde o final do século XX e a crise hídrica vivenciada sete anos atrás serve de alerta para o momento atual. O governo federal emitiu um alerta, agora no fim de maio, de emergência hídrica em cinco estados (incluindo São Paulo) por causa da previsão de pouca chuva até setembro.
É necessário transformar o processo de planejamento urbano, de regulação do mercado imobiliário com maiores critérios ambientais, com a utilização de soluções baseadas na natureza, de modo a diminuir os impactos negativos do aquecimento nas cidades, bem como mitigar emissões de gases de efeito estufa. Preservar as áreas verdes presentes na capital são fundamentais para a permeabilidade da água no solo e redução de alagamentos, além de manter temperaturas mais amenas.
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