Prefeitura de São Paulo

A Casa Modernista, que dá nome ao parque, foi construída em 1928 e projetada por Gregori Warchavchik (1896–1972) e é considerada a primeira Casa Modernista do Brasil. O arquiteto era casado com Mina Klabin, filha de uma família importante na comunidade industrial da elite paulistana. O casal morou na casa até os anos 1970.
Seu projeto é formado por volumes prismáticos brancos, com linhas predominantemente retas, em um estilo minimalista, indo contra a estética da época.

“O que mais gosto no parque é a disponibilidade do espaço verde integrado com o museu e seu valor arquitetônico histórico-cultural. Sou engenheiro agrônomo e colaboro tecnicamente na gestão da área verde. Planejamos atividades culturais ao ar livre e já havíamos agendado saraus literários com apresentação musical, em pequena escala. Entretanto veio a pandemia e tudo parou, assim, nossas reuniões mensais passaram a ser online”, explica Carlo Corabi, frequentador e membro do Conselho Gestor do Parque Casa Modernista.

Mina se responsabilizou pela jardinagem da casa, plantando espécies tropicais como cactos, orquídeas e suculentas, além dos eucaliptos e do pinheiro que enfeitam a casa. Em 2008, o espaço da Casa Modernista passou a ser cuidado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (parque) e pela Secretaria Municipal de Cultura (casa) e foi feito um ajardinamento paisagístico que resgatou o seu projeto original.

Atualmente a Casa Modernista é parque e museu, e recebe exposições artísticas variadas. Sua estrutura está tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP). O espaço está localizado na Vila Mariana, Zona Sul da cidade.

Semana de Arte Moderna de 1922

Em 1922, o Brasil completava 100 anos de independência, mas continuava trazendo as características conservadoras da época. O movimento artístico predominante naquela época era o parnasianismo, que valorizava a forma e a linguagem culta, uma poesia perfeita do ponto de vista formal.

A Semana de 1922 teve como principal objetivo a ruptura dos movimentos artísticos e culturais da época, introduzindo um novo modelo de produção de arte: o modernismo. O evento teve um tom de revolução artística, social e literária, que abriu perspectivas no cenário da época e não mudou somente a forma como as pessoas enxergavam o que era belo, mas influenciou também o cenário político. As exposições de arte moderna no Theatro Municipal de São Paulo ocorreram entre os dias 13, 15 e 17 de fevereiro.

Os principais artistas que fizeram parte da Semana de Arte Moderna foram Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Anita Malfatti e Heitor Villa-Lobos.