Prefeitura de São Paulo

Neste sábado (30), o Parque Chácara do Jockey completa seis anos. O espaço possui uma área de 143.531 m² e é dividido em três espaços. Está situado na Vila Sônia, bairro que tem grande importância histórica para a cidade desde o século XVII, por ter sido uma rota de passagem de bandeirantes e jesuítas que se dirigiam ao interior do país.

Nos séculos XVII e XVIII, grandes construções simbólicas foram feitas nas proximidades, como a Casa do Sertanista, Casa do Bandeirante e o Instituto Butantan. Já no século XX, com o desenvolvimento da região, foi criada a Cidade Universitária que sedia a USP, umas das faculdades mais renomadas do país, e a área do atual parque foi adquirida pelo Jockey Club de São Paulo. O espaço tinha como objetivo ser um local adequado para a criação e treinamento de cavalos de corrida. Contudo, na década de 1970, foi fundado ali o Clube Pequeninos do Jockey para estimular a formação de base de jogadores de futebol.

Em 2014, a Prefeitura tomou posse e deu início à adequação do complexo visando a preservação de estruturas históricas, a memória do espaço físico, paisagístico e a adaptação do local em parque público urbano.
A partir de 2016, o parque foi implementado e dividido em três núcleos. O primeiro é o Esportivo, onde fica a administração, o espaço de convivência e áreas voltadas para atividades comunitárias e de celebração. Destaca-se nesse local a diversidade de esportes que podem ser realizados, entre eles: skate (com modalidades street e bowl), patins, BMX, futebol, ginástica artística e atletismo.

O Núcleo Contemplativo conta com playground, galpão de atividades, laboratório de pesquisas e produção tecnológica (FabLab Livre SP) e percursos para caminhadas com passeios de terra batida pelas margens do lago. Essa área é bastante utilizada para oficinas, aulas e demais ações socioambientais, além de piqueniques e apresentações culturais.
Por fim, o Núcleo Cultural das Baias é considerado um importante complexo de edificações voltado para a cultura e iniciativas de produção, formação e fruição do saber artístico, em uma área de 8.800 m². O espaço recebe também oficinas e conta com uma Casa de Cultura, salas multiusos e uma praça que abriga um pequeno anfiteatro a céu aberto.
Ainda em construção será feito um Polo Cultural e Criativo Municipal da Chácara do Jockey, chamado Edifício Pedro Augustín Pérez para o trabalho da UMAPAZ, além de novas instalações da Guarda Civil Municipal, ampliação dos sanitários e readequação dos antigos silos.

Além de ser muito ligado ao esporte, o parque também é rico em sua fauna e flora. Seu bioma apresenta bosques heterogêneos, áreas ajardinadas e gramados, e seus destaques são: aleluia (Senna multijuga), aroeira-mansa (Schinus terebinthifolia), árvore-samambaia (Filicium decipiens), cipó-de-são-joão (Pyrostegia venusta), chichá (Sterculia curiosa), costela-de-adão (Philodendron bipinnatifidum), falsa-seringueira (Ficus elastica), figueira-benjamim (Ficus benjamina), flamboiã (Delonix regia), insulina-vegetal (Cissus verticillata), ipê-rosa (Handroanthus heptaphyllus), jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia). Dentro desse ecossistema já foram identificadas 82 espécies vasculares, dentre elas a canela-amarela (Nectandra barbellata), que está ameaçada de extinção.

Em sua fauna já estão catalogadas 33 variedades de animais, sendo 29 de aves e quatro de borboletas. O gavião-asa-de-telha é um rapinante, ameaçado em extinção, e sobrevoa o parque. É comum também encontrar columbídeos, sabiás, bem-te-vis e sanhaçus.