Prefeitura de São Paulo

Na última quinta-feira (11) a Divisão de Patrimônio Ambiental (DPA) da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) esteve presente no “Agosto Indígena: O Povo Guarani em São Bernardo do Campo”, evento realizado no auditório da Pinacoteca de São Bernardo do Campo (SBC).

Rodrigo Martins dos Santos, geógrafo e diretor da Divisão, teve como foco de sua apresentação a função dos povos indígenas na proteção ambiental, direcionando sua fala para a história da ocupação indígena no Brasil e na Região Metropolitana de São Paulo. “Os povos indígenas são nossos aliados na conservação da natureza. Onde há Terra Indígena há biodiversidade e há respeito e proteção ao meio ambiente”, comentou Rodrigo sobre a importância desses povos para a preservação ambiental.

O diretor da DPA também apresentou os projetos da Prefeitura de São Paulo voltados à valorização da cultura Guarani e relacionados à conservação da natureza, como iniciativas voltadas ao turismo, educação ambiental, reflorestamento e fortalecimento da organização de jovens indígenas, patrocinados pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA).

Diretor da Divisão de Patrimônio Ambiental da SVMA fala sobre a participação dos povos indígenas na preservação de áreas protegidas
 

O propósito do seminário é dar visibilidade aos povos indígenas e apresentar a situação atual do povo Guarani em SBC, valorizando-os como munícipes e como protagonistas na proteção ambiental.

O encontro contou com a presença da Secretária Municipal do Meio Ambiente e Proteção Animal de São Bernardo do Campo, Regina Damasceno, e do Secretário de Assistência Social e Cultura e Juventude da cidade, André Sicco. Na abertura, o coral indígena Guarani fez uma apresentação de seu canto e música tradicional. 

Os guaranis são povos originários que habitam as terras paulistanas antes da chegada dos europeus e pertencem à família linguística tupi-guarani. As TI (terras indígenas) Guarani em São Paulo localizam-se nas subprefeituras de Parelheiros, Perus e Pirituba-Jaraguá. As terras de Parelheiros se estendem até São Bernardo do Campo, Itanhaém e São Vicente. E as do Norte, Perus e Pirituba-Jaraguá, se estendem até Osasco.

Outro destaque foi a participação do indigenista da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Carlos Paulino, que falou sobre o processo de demarcação da Terra Indígena Tenondé-Porã, território localizado no extremo sul da capital, na Subprefeitura de Parelheiros, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos.

Essa área é a primeira Unidade de Conservação (UC) Municipal de São Paulo, com 25.138 hectares (251 km²), o que equivale a um sexto do território da cidade. O Conselho Gestor da APA conta com a participação dos guaranis, que têm cadeiras garantidas pela Lei Municipal 13.136/01. Na Cidade de São Paulo há mais de 8.600 hectares de terra indígena reconhecida pelo Estado brasileiro, equivalendo a 6% do território municipal.

Confira a apresentação “A importância dos povos indígenas para a conservação da natureza”.
 

 
Apresentação cultural do povo Guarani na abertura do evento

  Fotos: Mariana Mendes de Sousa (DPA/SVMA)