Prefeitura de São Paulo

Durante essa semana, entre os dias 24, 25 e 26 de outubro, ocorreu de forma online o seminário "30 anos da Eco 92: impactos e reflexos”, uma pareceria entre Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas e Centro de Estudos Jurídicos – CEJUR.

Até o início dos anos 1970 a discussão sobre a pauta ambiental era pequena, a ideia era que recursos ambientais eram quase inesgotáveis e renováveis. As nações começaram a perceber os impactos negativos da industrialização com os rios poluídos, as chuvas ácidas e as secas.

A preocupação com o assunto deu origem à Conferência de Estocolmo para o Ambiente Humano (Suécia), em 1972, que foi o primeiro grande passo para transformar os processos produtivos e incluir a proteção e a gestão ambiental em todas as agendas. Novos avanços vieram vinte anos depois com a Rio-92, que contou com a presença de 178 chefes de governo, representantes da sociedade civil e de movimentos sociais no Fórum Global.

Na Conferência do Rio de Janeiro, ficou claramente evidenciado o entrelaçamento das questões sociais, econômicas e ambientais: o sucesso em um setor requer ação nos outros setores para se sustentar ao longo do tempo. Além disso, um dos objetivos da Conferência era a elaboração de um programa de ações que apoiassem os países no sentido de melhorar as condições de vida através de um ambiente mais sadio. Esse esforço redundou na aprovação da Agenda 21, que dava as diretrizes para políticas de desenvolvimento e de cooperação internacional no século 21.

Além disso, na Conferência do Rio, foram aprovadas a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, a Convenção sobre a Diversidade Biológica, bem como o documento que resultou, poucos anos mais tarde, na Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação.

Laura Ceneviva, coordenadora executiva do Plano de Ação Climática do Município – PlanClima SP, foi uma das palestrantes do evento. Em sua apresentação, a partir de estudo realizado pela Biblioteca de Direito Internacional das Nações Unidas, ela mostrou como as questões ambientais objeto dessas Conferências foram adentrando a regulação ambiental contemporânea, promovendo as transformações que, hoje, nos parecem quase naturais.

Giovana B. Souza, Coordenadora de Educação Ambiental da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ) fez uma explanação voltada para os principais marcos desde a Conferência de Estocolmo, até os dias atuais, e sua relação com a educação ambiental. Apresentou os diversos cursos e formações que são oferecidas pela Umapaz, universidade aberta que faz parte da SVMA.