Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Parque Santo Dias completa 30 anos
Nesta segunda-feira (7/11), o Parque Santo Dias comemora seu 30° aniversário. Localizado no bairro Capão Redondo, zona sul, sua área de 134.000 m² é originária da antiga fazenda do Instituto Adventista (IAE), desapropriada em 1990 para a construção da COHAB Adventista. Neste período, foi criada a Associação de Moradores, que reivindicou a inauguração da área verde, realizada em 1992. Santo Dias é em homenagem a um morador do Capão Redondo, morto em 1979 durante uma greve trabalhista.
A infraestrutura do local contém playground, quadras de vôlei, tênis, futsal, handebol e basquete, quiosque, aparelhos de ginástica, academia da terceira idade, pista de cooper, área de estar, viveiro de mudas e de plantas medicinais, nascente com pequeno lago, trilhas ecológicas, arena para exercícios físicos e Bosque de Leitura (equipamento da Secretaria Municipal da Cultura). Além disso, conta com o “Projeto Vida Corrida” com atividades para crianças e adultos de segunda a sexta. Há também treino de yoga, aos sábados das 7h às 9h30 e domingo das 11h30 às 14h.
O parque apresenta uma rica fauna, com 132 espécies de animais, sendo 72 aves, incluindo rapinantes como gavião-peneira, gavião-carijó, caracará, corujinha-do-mato, falcão-peregrino e coruja-orelhuda, de ambientes florestados como a choca-da-mata, pichororé, trinca-ferro-verdadeiro, pica-pau-de-banda-branca e o enferrujado. Os pássaros migratórios como suiriri, tesourinha e juruviara aparecem de setembro a março. Também é possível apreciar alguns endêmicos da Mata Atlântica como periquito-rico, picapauzinho-de-coleira, picapauzinho-verde-carijó, tucano-de-bico-verde e o arredio-pálido. Ocasionalmente nota-se a presença do arapaçu-do-cerrado. São observados também saguis, gambás-de-orelha-preta, caxinguelês, lagarto teiú e a rãzinha-piadeira.
Sua vegetação é composta por remanescente da Mata Atlântica e áreas ajardinadas arborizadas. Alguns dos destaques da flora são a aroeira-mansa (Schinus terebinthifolia), cambuizinho (Myrcia multiflora), canela-anhoíba (Aiouea saligna), canela-sassafrás (Ocotea odorifera), capixingui (Croton floribundus), embiruçu (Pseudobombax grandiflorum), figueira-branca (Ficus adhatodifolia), fruta-de-sabiá (Acnistus arborescens), ipê-branco (Tabebuia roseoalba), jerivá (Syagrus romanzoffiana), paineira (Ceiba speciosa), passuaré (Tachigali denudata), pau-ferro (Libidibia ferrea var. leiostachya), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), pau-terra (Qualea selloi), pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), pitangueira (Eugenia uniflora), sapopemba (Sloanea hirsuta), sibipiruna (Poincianella pluviosa var. peltophoroides), tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia) e vinheiro (Vochysia magnifica). Já foram catalogadas 329 plantas vasculares, das quais estão ameaçadas de extinção: bicuíba (Virola bicuhyba), canela-amarela (Nectandra barbellata), canela-sassafrás (Ocotea odorifera), cedro (Cedrela fissilis), palmito-jussara (Euterpe edulis) pau-brasil (Paubrasilia echinata) e pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). A palmeira-prateada (Syagrus hoehnei) foi o primeiro registro para o município (em 1985) depois de trinta anos, e foi considerada por muito tempo como espécie endêmica dos arredores da cidade de São Paulo.