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No mês passado, a equipe técnica da Divisão da Fauna Silvestre (DFS) se reuniu para assistir uma apresentação promovida pelas estagiárias do setor de Medicina Veterinária Preventiva sobre a toxoplasmose. Os profissionais debateram os pontos mais importantes sobre o ciclo do parasita, sinais clínicos, prevenção e tratamento.

A toxoplasmose é provocada pelo protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, que pode ser encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. É capaz de se hospedar em humanos e outros animais, podendo causar aborto e morte, principalmente em primatas, que são extremamente sensíveis a essa doença. Não se sabe o motivo dessa suscetibilidade, na grande maioria dos casos não há tratamento efetivo.

Foi feito um diagnóstico de todos os bugios recebidos no CeMaCAS, com colaboração de laboratórios como o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto de Medicina Tropical. A partir de então foi providenciada uma reunião com todos os técnicos e estagiários para estabelecer protocolos mais rígidos de biosseguridade

É importante salientar que a interação com gatos e outros felídeos não traz nenhum risco. O perigo está no contato com suas fezes contaminadas, no consumo de água imprópria ou alimentos mal lavados ou cozidos inadequadamente. Todas essas situações podem expor as pessoas e animais a oocistos, forma infectante do toxoplasma.

Conheça a toxoplasmose

Ela é uma zoonose (doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas), sendo uma das mais comuns em todo o mundo. A melhor maneira de prevenir a toxoplasmose é através da educação em saúde, especialmente para mulheres em idade fértil e gestantes. É fundamental manter boas práticas, higiene pessoal e dos alimentos.

A infecção aguda por toxoplasma, na maioria das pessoas infectadas pela primeira vez, resulta em quadros sem ou com sintomas leves, semelhantes à gripe, como febre, dor muscular e de garganta, podendo apresentar ainda aumento dos gânglios linfáticos e dor abdominal. A infecção congênita (quando uma doença é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez) pode causar graves problemas de saúde nos bebês, como alterações na visão, inflamações em alguns órgãos e anormalidades neurológicas.