Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Após trabalho de reabilitação realizado pela Prefeitura de São Paulo, oito araras-canindé chegam ao Mato Grosso do Sul para serem soltas na natureza
Oito araras-canindé silvestres, vítimas do tráfico de animais e reabilitadas nos últimos anos no CeMaCAS (Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres), da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, foram levadas a Campo Grande, nesta terça-feira (11), para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), onde serão encaminhados para a soltura no Pantanal.
Elas chegaram, entre 2019 e 2021, por apreensões de tráfico silvestre. Nos oito primeiros meses os filhotes recebiam a refeição acompanhada ou eram alimentados no bico, ou seja, precisavam de uma ajuda para comer. Além disso, necessitavam de medicamentos antiparasitários profiláticos, banho de sol e realização de exames. Há dois anos foram instaladas no recinto de reabilitação e treino de voo. Neste local foram estimuladas a treinarem voos longos, a encontrar alimentos sozinhas e restabelecer o empenamento completo para soltura.
O transporte das araras-canindé foi realizado gratuitamente pela LATAM, pelo programa Avião Solidário. A saída da viagem foi por Guarulhos às 17h, desta terça, e a chegada a Campo Grande às 18h30. Hoje (12) as araras já estão a caminho do Pantanal, destino escolhido por apresentar uma área verde extensa, quesito de grande importância para a espécie, que se desloca bastante.
“Nosso sentimento é de realização. A repatriação das aves é uma forma de mitigar um problema da sociedade que é o tráfico de animais. Saber que as araras estão bem e podem voltar ao seu habitat em condições plenas é gratificante e primordial para garantir a conservação da fauna silvestre e do meio ambiente”, afirma Alice de Oliveira, veterinária do CeMaCAS.
Conheça as araras-canindé
As araras-canindé pertencem a um grupo de aves chamado Psittacidae, extremamente popular por sua natureza sociável, notável inteligência, grande capacidade de imitação de sons e palavras, empenamento colorido e exuberante, ocorrem na copa de florestas de galeria, várzea com palmeiras (buritizais, babaçuais), interior e bordas de florestas altas (cerca de 500 m de altitude), medem cerca de 80 centímetros de comprimento, possuindo uma grande e longa cauda e apresentando uma vistosa coloração azul no dorso, e amarelo-dourado na parte ventral (da face até a inserção da cauda).
Em algumas regiões a presença da arara-canindé se tornou incomum e suas populações estão diminuindo, sendo algumas já extintas. No Estado de São Paulo, essa espécie é considerada vulnerável na classificação de animais ameaçados de extinção e uma das maiores vítimas deste tipo de tráfico.
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