Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
Ondas de calor: saiba o que significam e o que podemos fazer para amenizar seus efeitos nas cidades
Uma forte e extensa onda de calor tornou as temperaturas de várias cidades brasileiras bem mais altas que a média, entre o fim do inverno e o começo da primavera. No último fim de semana em algumas cidades elas se aproximaram dos 40°C. Por se tratar de uma ameaça à saúde, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho (de grande perigo) para 11 estados e o Distrito Federal, localizados nas regiões Norte, Centro-Oeste e parte do Sudeste, incluindo as capitais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Onda de calor
As ondas de calor, segundo o IPCC, é um período anormal de alguns dias com temperaturas muito elevadas, com valores máximos diários que ultrapassam as médias observadas, gerando desconfortos e problemas de saúde, os quais variam conforme os países ou regiões. Cada agência ou instituto meteorológico define os seus critérios para a consideração de uma época quente como onda de calor, na maior parte das vezes a partir de um período de pelo menos três dias com temperaturas anormalmente elevadas.
Esse cenário climático continua levando o planeta a recordes de calor e a se aproximar rapidamente do limite de 1,5°C de aumento da temperatura sobre os níveis pré-industriais determinado no Acordo de Paris. O mês de agosto deste ano já foi considerado o mais quente da história, com vários continentes registrando temperaturas recordes, mostra um relatório da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA, sigla em inglês).
Aquecimento global
O aquecimento global, causado pelas altas emissões dos gases de efeito estufa, tem se mostrado cada dia mais evidente, com alterações de temperaturas mesmo durante o inverno. Para estabilizar o clima, é preciso cessar imediatamente as emissões!
De acordo com o sexto relatório do IPCC (AR6), as temperaturas da Terra subiram de forma relativamente constante por décadas, em perfeita sincronia com o aumento dos gases de efeito estufa. A regra básica é simples: quanto mais emissão de dióxido de carbono, mais calor, e essa relação continuará, segundo consta no relatório.
A importância dos parques e das áreas verdes
Neste final de semana, muitos paulistanos buscaram as sombras e o ar mais fresco nos parques e áreas verdes da cidade. As sombras das árvores foram os locais mais disputados para a prática de piqueniques e para levar as crianças, idosos e os animais, para que pudessem ficar mais confortáveis com tanto calor dentro de casa.
Esse fato aponta para a importância das áreas verdes presentes no município para o desenvolvimento da fauna e da flora, para o aumento da permeabilidade (que apoia a redução de alagamentos e enchentes), a mitigação das temperaturas, além da proteção de nascentes e cursos d’água, o que contribui para a recarga dos aquíferos. Contribuem também para a manutenção da qualidade de vida dos residentes da cidade, ao diminuir efeitos de ilhas de calor urbanas ou da poluição atmosférica, além de favorecer a diminuição de riscos de eventos extremos.
Saiba como se proteger
Os riscos à saúde diante das altas temperaturas são ainda mais potencializados pela baixa umidade, que atingem principalmente as regiões centro-oeste, sudeste e sul. Com esses fatores combinados, é fundamental se proteger para minimizar riscos à saúde.
As altas temperaturas ainda agravam a poluição atmosférica produzida por fontes fixas ou móveis (principalmente indústrias ou veículos movidos por combustíveis fósseis), causadoras potenciais de problemas respiratórios ou cardiovasculares, especialmente em crianças e pessoas idosas.
Hidratação é fundamental
- Aumente a ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede; recém-nascidos, crianças, idosos e pessoas com comorbidade podem não sentir sede, então ofereça-lhes água.
- Evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;
- Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes.
Cuidados coletivos e em casa
- Se possível, feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar;
- Se possível, abra as janelas durante a noite;
- Utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir, sobretudo, em bebês e pessoas acamadas;
- Informe-se periodicamente sobre o estado de saúde das pessoas que vivem só, idosas ou com dependência, que vivam perto de si e ajude-as a se proteger do calor;
- Mantenha ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água.
- Mantenha medicamentos abaixo de 25º C na geladeira (ler as instruções de armazenamento na embalagem);
- Procure aconselhamento médico se sofrer de uma doença crônica, condição médica ou tomar vários medicamentos;
- Busque ajuda se sentir tonturas, fraqueza, ansiedade ou tiver sede intensa e dor de cabeça;
- Se sentir algum mal-estar, busque um lugar fresco o mais rápido possível, meça a temperatura do seu corpo e beba um pouco de água ou suco de frutas para reidratar;
- No período de maior calor, tome banho com água ligeiramente morna. Evite mudanças bruscas de temperatura.
Operação Altas Temperaturas
Considerando esses riscos, e para colocar em prática ações previstas no Plano de Ação Climática da Cidade de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo criou a Operação Altas Temperaturas, que é um Plano de Contingência para Situações de Altas Temperaturas, que será mobilizada sempre que os termômetros atingirem 32º C, ou sensação térmica equivalente.
Para conhecer melhor, acesse: https://www.capital.sp.gov.br/noticia/prefeitura-cria-operacao-altas-temperaturas-para-amenizar-impacto-do-calor-nas-pessoas-em-situacao-de-vulnerabilidade-1.
A reportagem contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 (boa saúde e bem-estar) e 13 (combate às alterações climáticas).
Siga a SVMA nas redes sociais
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk